Autovitimização - 23 de novembro de 2009.

Definição. A autovitimização é a condição parapatológica redutora do autodiscernimento sustentada pela negação da responsabilidade evolutiva, pela busca incessante da posição de vítima e pela manutenção de holopensene poliqueixoso.

 

Uma pessoa, simpática que se diz culta, espiritualizada e inteligente, mas com uma deflação de auto-estima proporcional a uma autocentração e um egoísmo quase patológicos, elege sempre os outros como bodes expiatórios dos seus problemas, das suas próprias atitudes menos próprias, da sua irresponsabilidade pessoal, transformada, ulteriormente, em atitudes depressivas de auto-desculpabilização e vitimização. Essa pessoa usa, ela ofende, ela magoa, ela goza com os outros com uma leveza que brada aos céus e admira-se, depois, que eles reajam, que dela se afastem, que eles se sintam ofendidos, e com razão.  Todavia, uma vez que o carinho que tinha por ela era muito forte e acredito piamente que os amigos são aqueles que nos dizem a verdade, por mais que esta nos doa (embora, agora, já tenha, praticamente, desistido dessa tarefa, depois de seguidos  conselhos que caíram, literalmente, em ignorância). Mas, nada feito, nunca alterou uma vírgula do seu comportamento agressivo. Eu sei que é muito mais fácil alguém arranjar soluções para a vida alheia do que para a própria, mas há mais pessoas envolvidas nisso e delas só recebemos amor. Todavia, por mais que a tenha alertado, a paciência tem os seus limites. Para quê tentar abrir os olhos a uma pessoa que já demonstrou gostar de tê-los bem fechados? “Tudo vale a pena quando a alma não é pequena”, mas, neste caso, talvez seja eu, uma pessoa que verdadeiramente lhe quer bem, que quis vislumbrar uma grandiosidade que nunca existiu. Os laços afetivos fortes são assim - por mais que alguém de que nós gostamos muito revele condutas impróprias, insistimos em ficar do seu lado, por mais que vejamos os seus defeitos, o carinho que sentimos por esse ser é superior a qualquer crítica racional. Talvez seja este o modus operandi correto - o da não intereferência, o de não tentar conscientizar nem substituir-nos a alguém que tem de aprender por si próprio a evoluir.  Só lhe desejo o que sempre desejei - que encontre o seu caminho com dignidade, responsabilidade e justiça intrínseca, que a auto-consciencialização, que sempre a viu de forma romântica, se afirme na sua existência como garantia de uma vida harmoniosa, que saiba analisar da forma mais lúcida possível as causas de tão más consequências que sempre a fizeram sofrer e culpar os outros desse sofrimento.

 

Quando um indivíduo age de forma maldosa com alguém, a sociedade o chama de COVARDE. E quando o indivíduo nega, omite, age maldosamente e ignora a si próprio? Este é o verdadeiro sentido da covardia. As consequências são inevitáveis e ele têm esta consciência, e mesmo assim continua fugindo de si e da realidade que a todo instante se abre em sua mente. Eis o cúmulo da COVARDIA. Perguntamos: qual será o motivo disto? E quando há perguntas, espera-se respostas. As respostas dos COVARDES nos levam ao tema do título, AUTOVITIMIZAÇÃO. O COVARDE justifica tudo se fazendo de vítima, a hipocrisia o alimenta com as desculpas que só ele acredita. E desta maneira ele contamina qualquer ambiente que tenha a sua presença.

A AUTOVITIMIZAÇÃO é uma grande COVARDIA consigo mesmo, é viver na hipocrisia sem limites, portanto, a AUTOVITIMIZAÇÂO tem dois sinônimos: COVARDIA E HIPOCRISIA.

 

Esta é a minha humilde opinião, pode ser a verdade de uns e a hipocrisia de outros.

Oinohtna Seahlagam - EU SOU O QUE SOU 

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